Fado, o ritmo que cativou Portugal

Conhecido com um dos gêneros musicais mais característicos da terrinha, o Fado possui um papel importante na sociedade portuguesa

A história do Fado teve início nas décadas de 30 e 40, marcando presença em cinemas, teatros e rádios, além de se manifestar em momentos de lazer dos portugueses, dentro ou fora de casa, em ruas e vielas.

Provido de uma riqueza melódica, o Fado possui uma expressão artística e literária. Em sua essência, o estilo sempre carregou temas do cotidiano, com assuntos de emergência urbana e contextos populares da Lisboa oitocentista.

Aos poucos, os fadistas foram conquistando o mundo ao falarem de amor, ciúme, da noite e misérias da vida. O drama colocado nas letras de grandes poetas reflete até mesmo nas vestimentas dos músicos, que se apresentam sempre com roupas pretas.

Com o decorrer do tempo, surgiram também as famosas Casas de Fado, local onde era cantado o típico fado português, com forte interação entre músicos e compositores.

Além da voz do cantor, o som de um bom fado sempre vem acompanhado de um violino ou uma orquestra, porém é indispensável a presença da guitarra portuguesa.

O gênero musical sempre esteve muito presente em festas populares e beneficentes, tendo como época de ouro os anos entre 1946 e 1960, quando os fadistas já não se apresentavam mais em vielas, e sim em grandes palcos e também ouvidos em discos.

Da década de 90 até os dias de hoje, uma nova geração de intérpretes tem atraído turistas do mundo todo a Portugal, tornando esse estilo tão singular, em uma canção nacional.

São histórias singulares como essa, que sempre me encantam. De lá, trouxemos mais do que a gastronomia lusa, fazendo da nossa casa portuguesa um ambiente que te permite vivenciar um pouco da cultura lusitana.

Te espero no Restaurante Vila Chã!

 

 

Truta: o típico peixe da Mantiqueira

As trutas encontraram na Mantiqueira o habitat ideal para sobrevivência e procriação

 No Brasil, a truta foi introduzida ao final da década de 40, em especial, nas regiões Sul e Sudeste. Sua presença é mais frequente em rios de planaltos, devido à necessidade de águas bem oxigenadas e frias para sua sobrevivência.  Por isso a espécie é bastante encontrada na Serra da Mantiqueira, lugar que apresenta condições climáticas favoráveis.

O peixe tem como principal característica uma carne muito saborosa e com um alto valor nutritivo. Sua estrutura é composta de presas bem agudas e um corpo alongado, podendo pesar mais de dois quilos e atingir até 60 centímetros. A cor de sua pele varia de acordo com a idade e o lugar onde vive, geralmente apresenta tons de castanho escuro, cinza esverdeado e amarelo. 

E, para você que gosta de cozinhar pratos típicos e deliciosos, separei algumas dicas de como usar a truta em sua receita!

A truta tem uma carne delicada e é cozida rapidamente, além disso o processo pode ser feito de diversas maneiras, desde micro-ondas até uma fogueira.

Sua pele possui um óleo natural que ajuda manter a umidade da carne, mas caso ela seja grelhada ou assada, o mais indicado é incluir algum molho ou até mesmo a manteiga. É necessário que o peixe seja bem limpo, eliminando o muco que recobre o couro com limão e água corrente.

No Restaurante Vila Chã, eu preparo uma truta muito saborosa, por isso deixo meu convite para que você venha provar essa prato em nossa tradicional casa portuguesa, em Campos do Jordão.

Mas, se você ficou curioso para saber mais sobre o típico peixe da Mantiqueira, confira a matéria que levou nossa receita de Truta com Crosta de Aveia.

Alheiras de Mirandela: a história por trás do embutido português

O prato é considerado uma das 7 Maravilhas Gastronômicas de Portugal

Na culinária lusitana, a alheira tem um lugar especial. Entre as variedades, a mais famosa é a Alheira de Mirandela, que tem sua história datada no fim do século XV.

A alheira é um enchido tradicional e conta, normalmente, com carne e gordura de porco, aves, pães de trigo, azeite e condimentos. Mas, naquela época, ficou conhecida justamente pela presença da carne de porco na receita.

O fato é que, naquele século em Trás-os-Montes, os judeus estavam sendo perseguidos pela Inquisição. Como a carne de porco é proibida para a religião judia, eles começaram a produzir alheiras com outros tipo de carne e pães.

Dessa maneira, se alimentavam sem chamar a atenção e passavam despercebidos pelos perseguidores, que não podiam diferenciar o tipo de alheira consumida por eles.

Mais tarde, as alheiras feitas pelos judeus caíram no gosto dos cristãos e a receita foi sendo difundida pela terrinha. Outras versões da história contam que a iguaria teria surgido como forma de conservar a carne dos animais que os criadores abatiam para consumo próprio.

Seja no tempero ou na escolha da carne, sem dúvida as alheiras ganharam ainda mais em qualidade ao longo do tempo e afirmaram mais uma tradição da culinária portuguesa. Hoje, é certo que se encontre Alheiras de Mirandela nas mesas lusitanas, assim como no Restaurante Vila Chã.

Em meu preparo, o típico embutido é frito em azeite de oliva, guarnecido de alhos laminadas, folhagens verdes e azeitonas pretas portuguesas. Além de saborear o delicioso prato, em nossa casa portuguesa você pode harmonizá-lo com vinhos de médio corpo, perfeitos para uma experiência gastronômica única.

Deixo aqui meu convite para você visitar o Restaurante Vila Chã e conhecer um pouco mais dos sabores da terrinha.

Histórias de Portugal: conheça a lenda do Galo de Barcelos

Hoje, o Galo de Barcelos representa um símbolo nacional e tornou-se um típico souvenir da terrinha. Mas você sabe de onde ele surgiu?

A cultura lusitana é repleta de histórias, símbolos e significados que perpassam as lembranças de família, a gastronomia, a arquitetura, o estilo de vida e a forte presença dos costumes do país mundo afora. Entre os ícones da identidade portuguesa, está o Galo de Barcelos, que hoje representa muito mais do que uma peça artesanal ou um monumento histórico, mas carrega a imagem lendária da terrinha.

O que muita gente não sabe é como essa história começou. A lenda conta que o povo da pequena cidade de Barcelos estava preocupado com um crime que havia ocorrido na região e, ainda mais alarmados, porque ninguém sabia quem era o feitor.

Certo dia, as autoridades prenderam um rapaz suspeito que passava por ali. No entanto, ele jurava ser inocente, afirmando que estava apenas de passagem em peregrinação a Santiago de Compostela, cumprindo uma promessa. Contudo, o homem foi condenado à forca, mas como um último pedido, suplicou que o levassem até o juiz que havia dado a sentença.

Seu pedido foi acatado e, então, levaram o rapaz à casa do juiz, que no momento estava com um banquete à mesa. O homem novamente disse que era inocente, mas sem sucesso em convencê-los, exclamou uma frase apontando para um galo assado sobre a mesa: “É tão certo eu ser inocente, como é certo esse galo cantar quando me enforcarem”.

O juiz não deu ouvidos ao rapaz e quando ele já estava sendo enforcado, o galo assado ergueu-se da mesa e cantou. Vendo que estava cometendo um grande erro, o juiz correu ao local da forca e percebeu que o rapaz havia sido salvo graças a um nó no laço. Assim, o peregrino foi solto e, a partir daí, surgiu a lenda do Galo de Barcelos, que cantou para salvar um homem inocente.

A lenda ainda conta que, mais tarde, o homem voltou a cidade de Barcelos e esculpiu um cruzeiro em agradecimento a sua salvação.

Agora que conheceu um pouco mais sobre as histórias da terrinha, deixo meu convite para visitar o Restaurante Vila Chã e apreciar a tradicional gastronomia portuguesa, em um ambiente familiar e aconchegante, com toda a hospitalidade lusitana.

 

 

 

 

Sardinha: história e sabor lusitano

Uma alternativa ao bacalhau, a sardinha é uma das iguarias mais apreciadas na gastronomia portuguesa

Ao percorrer cada canto de Portugal é possível encontrar uma casa gastronômica típica, com a qualidade milenar que a terrinha oferece. E é claro que, ao visitar o país, o paladar é logo aguçado pelas especialidades lusas, com o típico bacalhau, os pastéis de Belém e, certamente, os mais nobres vinhos e vinícolas.

No entanto, a rica tradição portuguesa não se restringe apenas a vinhos e bacalhau. A sardinha é um forte símbolo nacional não só na gastronomia, mas também na cultura do povo português.

O pequeno peixe – originário da região da Sardenha, Ilha no Mar Mediterrâneo -, espalhou-se pelos mares do mundo todo.

Em Portugal, a história da sardinha como alimento é marcada por costume e necessidade: o peixe alimentava inúmeras famílias rurais, que tinham o costume de assá-las inteiras na brasa e, às vezes, passá-la sobre o pão, para absorver o sabor e saciar a fome em épocas mais escassas de alimento.

Mas, até hoje, a saborosa iguaria faz parte das mais versáteis receitas. O típico acepipe carrega a identidade portuguesa e traz a essência singular da culinária do Velho Mundo.

No Restaurante Vila Chã, o preparo valoriza a receita da mesma maneira: são levadas inteiras ao forno com azeite e servidas com salada de agrião e rúcula, sem contar o toque especial do alho.

Venha conhecer o verdadeiro sabor português!
Aproveite para harmonizar o prato com nossos vinhos exclusivos de médio a leve corpo.

 

Pastéis de Belém: como tudo começou

A história da doçaria portuguesa percorre o tempo com tradição e mistérios

A notável tradição das sobremesas portuguesas é muito antiga. Começou já no século XV, quando Portugal passou a produzir cana-de açúcar em larga escala, tornando o consumo de doces ainda mais propicio .

A história do doce português surgiu pelas mãos de monges do Mosteiro de Jerônimos. Conta-se que eles utilizavam as gemas que sobravam da produção de hóstia, feita apenas com clara de ovo e trigo, para fazer o quitute.

A receita que vem lá de Belém, atual bairro de Lisboa, é cercada de mistérios. Ao que se sabe, o inventor da iguaria trabalhava na madrugada para chegar à mistura certa do tradicional doce luso. Além disso, acredita-se que apenas os monges que trabalham na confeitaria é que detém a receita original do doce, sem revelar a verdadeira combinação a ninguém.

O cuidado com a tradição da doçaria portuguesa se concretiza em cada detalhe. Os Pastéis de Belém continuam com sua reputação intacta graças à qualidade empregada na confecção.

Longe de saber o segredo que envolve a receita, podemos afirmar que a produção exige a dedicação de um trabalho manual, enquanto o zelo pelos melhores ingredientes é o primeiro passo para distinguir os verdadeiros pastéis de Belém dos demais pastéis de nata, como também são conhecidos, apesar de não levarem nata na receita.

Acompanhada de tanta história, até hoje os pastéis agradam os mais diversos paladares pelo mundo. Por isso, aqui no Restaurante Vila Chã preparo deliciosos Pastéis de Belém, com o autêntico sabor que vem da terrinha.

Te espero aqui para saborear essa típica receita portuguesa, com certeza!

Azeite de oliva: conheça os principais tipos

Considerado Patrimônio Imaterial da Humanidade pela Unesco, o azeite marca a história do homem além da culinária

Presente entre os povos mediterrâneos antes mesmo da história de Jesus Cristo, a origem das oliveiras e da produção do azeite se confunde no tempo e na cultura do homem.

Continuar lendo Azeite de oliva: conheça os principais tipos

Empório: um novo conceito de comércio

Desde o início dos tempos, a negociação de mercadorias foi essencial para o desenvolvimento da sociedade

A comercialização de produtos surgiu da troca entre os produtores, que antigamente viram nas próprias necessidades uma oportunidade de negociação com outros fabricantes. Então, o que tinham de abundante ofereciam em permuta para a aquisição do que lhe era escasso.

Continuar lendo Empório: um novo conceito de comércio

Fondue, a receita que aquece

Tradicionalmente rústica, a receita de fondue hoje mostra sofisticação com diversos tipos de queijos

Acredita-se que a fondue foi inventada por camponeses que vivam nas altas montanhas da Suíça e não conseguiam ir até às cidades em busca de alimento, já que a região estava em meio à batalhas da Segunda Guerra Mundial. Mas com a necessidade de se alimentar, os camponeses passaram a aproveitar os restos dos queijos que produziam e a derretê-los em fogo alto. Para acompanhar, mergulhavam pedaços de pão à mistura de queijos derretidos e o prato estava pronto para comer.

Continuar lendo Fondue, a receita que aquece

Arroz: O típico costume Luso

O tradicional ingrediente acompanha a civilização desde sua origem e faz parte do nosso dia a dia há décadas

O plantio do arroz se mistura com a origem do próprio homem. Não se sabe ao certo as datas e locais em que se começou esse cultivo. A única constatação é de que o grão tenha surgido no continente Asiático e de lá tenha se espalhado para a Europa e depois para a América.

Continuar lendo Arroz: O típico costume Luso