Arroz de Pato: uma especialidade da terrinha

O Arroz de Pato é mais uma receita que marca a história de Portugal e combina ingredientes típicos a tradições milenares

Minhas raízes com Portugal são atreladas não somente aos laços familiares, mas também por cada receita que me transporta a diferentes lugares da terrinha.

Ao fazer cada prato, coloco algo de mim e encontro um pouco da história que torna cada sabor único.

Uma das receitas que gosto bastante e, por isso levei para o menu do Vila Chã, é o Arroz de Pato. Essa receita tem origem no seminário de Braga, o mais antigo de Portugal. A cidade, que foi fundada por romanos em meados de 16 a. C., fica ao Norte de Portugal e é reconhecida por sua incrível gastronomia.

Ao que se conta, a receita inicialmente era feita com pato selvagem e teria surgido como uma solução para o proveito dos restos dos alimentos do dia anterior. No país vizinho, Espanha, uma lenda relata que as mulheres faziam a receita para conquistar um marido, misturando ao arroz o coração do pato, que fazia o pretendente se apaixonar ao comer o alimento.

A carne de pato possui textura delicada, porém um sabor marcante. Com essas características, ganhou espaço e, além de sofisticada, é uma iguaria muito apreciada na gastronomia lusitana. Considerada uma carne branca, é digestiva e possibilita excelentes harmonizações com vinhos de corpo médio.

O Arroz de Pato é uma combinação que aguça os mais diversos paladares e, sem dúvida, complementa a identidade da nossa casa portuguesa. Além disso, o arroz é um acompanhamento tradicional dos pratos portugueses, saiba mais sobre esse ingrediente aqui.

No Vila Chã você encontra um saboroso Arroz de Pato à Alentejana, cozido em baixa temperatura, frito em azeite de oliva e alhos, com linguiça portuguesa caseira e cebolas.

Venha apreciar os típicos pratos portugueses e aproveite as festas de fim de ano compartilhando o melhor da gastronomia lusa, aqui no Restaurante Vila Chã.

Espero por vocês!

Sabor da terrinha: receitas que completam as festas de fim de ano

Do bacalhau às sobremesas, as receitas portuguesas contribuem para que tradicionais festas tornem-se ainda mais especiais

 

O consumo de bacalhau chegou ao Brasil junto com os portugueses, com a vinda da Corte no século XIX, reforçando o hábito de se alimentar do típico peixe. Por aqui, a iguaria também caiu no gosto dos brasileiros, mas o prato é ainda mais desejado durante a Páscoa e nas festas de fim de ano.

Mas como essa tradição começou?
Ao longo do tempo, o bacalhau tornou-se um verdadeiro símbolo da identidade portuguesa. Assim como aconteceu em outras regiões da Europa, o consumo do peixe estava amplamente associado aos costumes religiosos.

No cristianismo, por exemplo, eram comuns os jejuns e as abstinências de carne vermelha em diversos períodos do ano, favorecendo a escolha do peixe como alimento principal para as refeições. O alimento marcava, entre outros locais, a alimentação de padres e monges, como no Convento do Bom Jesus de Viseu, do Oratório e Alto Douro.

O bacalhau tornou-se uma excelente mercadoria que abastecia e movimentava o comércio e, por isso, era fonte básica de alimento dos povos dessa região. Com o passar dos anos e a aderência do peixe na alimentação de outras classes da população, o típico prato começou a ser preparado com batatas e legumes, principalmente para as ceias de Natal no Norte, as tradicionais consoadas, graças a abstinência da carne vermelha na véspera natalina.

Mas, além do bacalhau, outras iguarias tornaram-se pratos indispensáveis na ceia portuguesa, como a rabanada. Diversas histórias compõem a origem do doce, mas, com certeza, a terrinha deixou a receita ainda mais especial.

Também chamada de “fatia de parida”, acreditavam que o doce ajudava a produção de leite materno. Conta-se que certa vez, uma mãe precisava alimentar seu bebê recém-nascido e não tinha nada para comer. Pediu então ajuda aos seus vizinhos, que deram à mulher apenas pão amanhecido, leite e ovo. Com os ingredientes, ela preparou uma sopa que a fez farta de leite para alimentar seu filho.

Assim, entre histórias e variações da receita, a rabanada é feita essencialmente com pães amanhecidos, que seriam reaproveitados pelos cristãos a partir da crença do pão como alimento sagrado, representando o corpo de Cristo.

Na sobremesa, os pães fatiados são banhados em leite e ovos batidos, fritos na manteiga e finalizados com açúcar e canela. Contudo, em Portugal, a receita ganha o sabor exclusivo da mais conhecida bebida milenar, o Vinho do Porto, que pode acompanhar a sobremesa compondo uma deliciosa calda.

A rica gastronomia lusitana agrega às festas de fim de ano sabores ainda mais especiais. E claro que eu não poderia deixar de contribuir para que suas celebrações sejam repletas de sabores da terrinha e alegrias em família.

Para isso, este ano mais uma vez você pode encomendar sua ceia com o típico sabor Vila Chã. As encomendas podem ser feitas até dia 24/12, para o Natal, e 31/12, para o Réveillon. É necessário fazer o pedido até às 15h dos respectivos dias e entregamos até às 18h dessas datas.

Os pratos são do cardápio tradicional do Vila Chã mas, caso necessite, poderemos fazer pratos natalinos. Porém, nessa circunstância, é necessário prévia reserva de um dia.

Saiba mais e reserve:
Av. Engenheiro Diogo de Carvalho, 9 – Capivari, Campos do Jordão/SP.
Tel.: (12) 3663-4702

 

 

Truta: o típico peixe da Mantiqueira

As trutas encontraram na Mantiqueira o habitat ideal para sobrevivência e procriação

 No Brasil, a truta foi introduzida ao final da década de 40, em especial, nas regiões Sul e Sudeste. Sua presença é mais frequente em rios de planaltos, devido à necessidade de águas bem oxigenadas e frias para sua sobrevivência.  Por isso a espécie é bastante encontrada na Serra da Mantiqueira, lugar que apresenta condições climáticas favoráveis.

O peixe tem como principal característica uma carne muito saborosa e com um alto valor nutritivo. Sua estrutura é composta de presas bem agudas e um corpo alongado, podendo pesar mais de dois quilos e atingir até 60 centímetros. A cor de sua pele varia de acordo com a idade e o lugar onde vive, geralmente apresenta tons de castanho escuro, cinza esverdeado e amarelo. 

E, para você que gosta de cozinhar pratos típicos e deliciosos, separei algumas dicas de como usar a truta em sua receita!

A truta tem uma carne delicada e é cozida rapidamente, além disso o processo pode ser feito de diversas maneiras, desde micro-ondas até uma fogueira.

Sua pele possui um óleo natural que ajuda manter a umidade da carne, mas caso ela seja grelhada ou assada, o mais indicado é incluir algum molho ou até mesmo a manteiga. É necessário que o peixe seja bem limpo, eliminando o muco que recobre o couro com limão e água corrente.

No Restaurante Vila Chã, eu preparo uma truta muito saborosa, por isso deixo meu convite para que você venha provar essa prato em nossa tradicional casa portuguesa, em Campos do Jordão.

Mas, se você ficou curioso para saber mais sobre o típico peixe da Mantiqueira, confira a matéria que levou nossa receita de Truta com Crosta de Aveia.

A arte da Harmonização

O complemento que a bebida traz ao prato proporciona sensações únicas ao paladar

Não existe uma regra geral sobre harmonização, afinal, quando falamos sobre paladar, estamos falando sobre um campo muito diversificado, que varia muito de pessoa para pessoa. A premissa fundamental dessa arte é combinar o alimento e o vinho, sem que nenhum dos dois se sobressaia entre os sabores apresentados.

A estrutura do prato e do vinho devem ser levados em consideração para a composição dos sabores, os elementos como temperos, acidez, aromas, doçura e intensidade são de extrema relevância nessa construção.

As formas mais comuns de harmonização são feitas por similaridade ou contraste. Quando a opção é similaridade, os sabores devem ser próximos, se complementando pelo que tem em comum. Já o contraste, como o próprio nome diz, busca o equilíbrio entre a comida e o vinho entre as distinções que cada um apresenta.

Com uma extensa carta de vinhos, aqui no Restaurante Vila Chã podemos oferecer aos clientes e amigos opções incríveis de harmonizações, com os diversos pratos de nosso cardápio. Venha fazer uma visita à nossa Casa Portuguesa, caso precise de ajuda na escolha, estarei a disposição para sugestões.

Mas, hoje vou deixar algumas dicas para vocês poderem propagar essa arte também em casa.

Quando for fazer a construção de um prato e um vinho lembre-se que uma sensação deve contrapor a outra. Primeiramente, deve-se equilibrar a dureza e a maciez. A dureza do vinho é constituída por seus taninos, pela acidez e pelo sabor. Já a dureza da comida é composta por tendência ácida e amarga. O oposto disso na bebida é a doçura e o álcool e nos alimentos é a gordura e o sabor doce.

Para uma comida gordurosa , o ideal é contrapor um vinho de grande frescor, por uma tendência muito simples: a gordura seca o paladar e a acidez faz salivar, limpando a boca. Essa ideia se repete também para a dureza da comida, que temos que equilibrar com a maciez do vinho.

Portanto, para acertar na harmonização, procure provocar sensações opostas entre os vinhos e os alimentos. Se optar por uma harmonização por similaridade, procure associar características em comum, por exemplo, se a comida for estruturada, mais estrutura o vinho deve ter.

Alheiras de Mirandela: a história por trás do embutido português

O prato é considerado uma das 7 Maravilhas Gastronômicas de Portugal

Na culinária lusitana, a alheira tem um lugar especial. Entre as variedades, a mais famosa é a Alheira de Mirandela, que tem sua história datada no fim do século XV.

A alheira é um enchido tradicional e conta, normalmente, com carne e gordura de porco, aves, pães de trigo, azeite e condimentos. Mas, naquela época, ficou conhecida justamente pela presença da carne de porco na receita.

O fato é que, naquele século em Trás-os-Montes, os judeus estavam sendo perseguidos pela Inquisição. Como a carne de porco é proibida para a religião judia, eles começaram a produzir alheiras com outros tipo de carne e pães.

Dessa maneira, se alimentavam sem chamar a atenção e passavam despercebidos pelos perseguidores, que não podiam diferenciar o tipo de alheira consumida por eles.

Mais tarde, as alheiras feitas pelos judeus caíram no gosto dos cristãos e a receita foi sendo difundida pela terrinha. Outras versões da história contam que a iguaria teria surgido como forma de conservar a carne dos animais que os criadores abatiam para consumo próprio.

Seja no tempero ou na escolha da carne, sem dúvida as alheiras ganharam ainda mais em qualidade ao longo do tempo e afirmaram mais uma tradição da culinária portuguesa. Hoje, é certo que se encontre Alheiras de Mirandela nas mesas lusitanas, assim como no Restaurante Vila Chã.

Em meu preparo, o típico embutido é frito em azeite de oliva, guarnecido de alhos laminadas, folhagens verdes e azeitonas pretas portuguesas. Além de saborear o delicioso prato, em nossa casa portuguesa você pode harmonizá-lo com vinhos de médio corpo, perfeitos para uma experiência gastronômica única.

Deixo aqui meu convite para você visitar o Restaurante Vila Chã e conhecer um pouco mais dos sabores da terrinha.

Sardinha: história e sabor lusitano

Uma alternativa ao bacalhau, a sardinha é uma das iguarias mais apreciadas na gastronomia portuguesa

Ao percorrer cada canto de Portugal é possível encontrar uma casa gastronômica típica, com a qualidade milenar que a terrinha oferece. E é claro que, ao visitar o país, o paladar é logo aguçado pelas especialidades lusas, com o típico bacalhau, os pastéis de Belém e, certamente, os mais nobres vinhos e vinícolas.

No entanto, a rica tradição portuguesa não se restringe apenas a vinhos e bacalhau. A sardinha é um forte símbolo nacional não só na gastronomia, mas também na cultura do povo português.

O pequeno peixe – originário da região da Sardenha, Ilha no Mar Mediterrâneo -, espalhou-se pelos mares do mundo todo.

Em Portugal, a história da sardinha como alimento é marcada por costume e necessidade: o peixe alimentava inúmeras famílias rurais, que tinham o costume de assá-las inteiras na brasa e, às vezes, passá-la sobre o pão, para absorver o sabor e saciar a fome em épocas mais escassas de alimento.

Mas, até hoje, a saborosa iguaria faz parte das mais versáteis receitas. O típico acepipe carrega a identidade portuguesa e traz a essência singular da culinária do Velho Mundo.

No Restaurante Vila Chã, o preparo valoriza a receita da mesma maneira: são levadas inteiras ao forno com azeite e servidas com salada de agrião e rúcula, sem contar o toque especial do alho.

Venha conhecer o verdadeiro sabor português!
Aproveite para harmonizar o prato com nossos vinhos exclusivos de médio a leve corpo.

 

Azeite de oliva: conheça os principais tipos

Considerado Patrimônio Imaterial da Humanidade pela Unesco, o azeite marca a história do homem além da culinária

Presente entre os povos mediterrâneos antes mesmo da história de Jesus Cristo, a origem das oliveiras e da produção do azeite se confunde no tempo e na cultura do homem.

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Pinhão: o ingrediente mais popular de Campos do Jordão

A cidade que tem como símbolo o clima frio e as belas paisagens naturais, também chama atenção pelo admirado sabor do fruto da Mantiqueira

Com o frio se aproximando, se inicia também a época propícia para o consumo da semente da Araucária, o Pinhão. Cozido, assado ou como base para outras receita, ele já é parte da tradição regional.

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Os preceitos do Slow Food

Incentivos criados para promover uma maior apreciação da comida, melhorar a qualidade das refeições e da produção

Com o grande aumento de alimentos industrializados e produzidos em larga escala, as pessoas se acomodaram em consumir refeições prontas, os famosos “Fast-Food” e com isso vieram consequências prejudiciais à toda cadeia alimentícia, desde a produção até o consumo. O movimento Slow Food surgiu em contrapartida, com a necessidade de disseminar uma alimentação consciente entre as pessoas de todo o mundo.

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A arte da gastronomia

A relação do homem com os alimentos ultrapassou a simples necessidade do organismo e se tornou um prazer a ser apreciado

Conhecida atualmente como a forma mais completa de arte, a gastronomia nem sempre foi valorizada dessa forma e passou por muitas mudanças até chegar no padrão como a conhecemos hoje.

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